(via email da OAB/PR, reproduzido na íntegra)
O presidente da OAB Paraná, José Lucio Glomb, esteve
mais uma vez, nesta terça-feira (10) à tarde, no Fórum Cível de Curitiba e ouviu
de advogados, estagiários e funcionários inúmeras reclamações sobre as condições
do prédio e a falta de estrutura dos cartórios. Fila nos elevadores, demora do
atendimento nos balcões, espaço físico reduzido para o grande volume de
processos, falta de espaço e cadeiras para acomodação do público, banheiros,
escadas e outras áreas de circulação mal conservadas são problemas enfrentados
diariamente pelos advogados. “Os que trabalham no Fórum Cível são heróis”, disse
Glomb.
“O caos está instalado. Frequento o fórum há 30 anos e achei que já tínhamos chegado ao fundo do poço. Aqui não tem mais solução”, disse o advogado Paulo Motta. “O que acontece aqui é um desrespeito do TJ com as pessoas”, afirmou a advogada Ana Carolina de Bassi, que vai ao fórum todos os dias da semana. A longa espera para ser atendido é a principal reclamação.
O estagiário Thiago Paulino havia chegado por volta das 13h e tirou a senha 692 da 15ª Vara Cível. Às 16h ainda aguardava ser chamado, já que o painel anunciava o número 688. Apenas dois servidores faziam o atendimento nesta vara. As 10ª e 15ª varas foram estatizadas recentemente e não fazem o atendimento exclusivo aos advogados no período da manhã, o que aliviaria a demanda. Algumas pessoas aguardavam sua vez sentadas no chão, já que o movimento era intenso e não havia mais cadeiras disponíveis.
A visita ao Fórum Cível decorreu do anúncio pelo Tribunal de Justiça da desapropriação do Centro Comercial Essenfelder por R$ 90,7 milhões. Segundo Glomb, a OAB aguarda informações sobre qual será a destinação desse imóvel. “Para os advogados, o Fórum Cível continua sendo prioridade absoluta, pois esse é um problema que se arrasta há décadas. A notícia de que o TJ fará um investimento dessa ordem, em outro imóvel, num momento em que as obras do Fórum Cível estariam prestes a se iniciar, causa preocupação, principalmente porque se anuncia que obras já programadas serão adiadas. É preciso que o TJ esclareça de imediato essa situação”, disse Glomb.
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